SC Braga frente ao Sporting: Carlos Vicens exige a “melhor versão” da equipa

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Preview SC Braga frente ao Sporting: Carlos Vicens exige a “melhor versão” da equipa

O treinador do SC Braga, Carlos Vicens, sublinha a necessidade de a equipa minhota atingir o seu melhor nível para o confronto desafiante contra o “bicampeão” Sporting, na oitava jornada da I Liga.

Carlos Vicens, treinador do SC Braga, em coletiva de imprensa

Créditos: SC Braga

No próximo domingo, o SC Braga desloca-se a Alvalade para um encontro com o Sporting, válido pela oitava jornada da I Liga, agendado para as 19h15. Carlos Vicens, o técnico da formação minhota, abordou o embate na sua antevisão, expressando as suas expectativas para o confronto com o bicampeão nacional.

Apesar de o SC Braga registar uma série de cinco jogos sem vencer no campeonato, contrastando com o seu desempenho na Liga Europa, Vicens acredita que a recente vitória sobre o Celtic servirá como um forte estímulo. O treinador fez questão de frisar que a equipa terá de apresentar a sua “melhor versão” para este jogo de alta dificuldade.

As Perspetivas de Carlos Vicens para o Duelo

Ao falar sobre a motivação que advém do triunfo na Liga Europa, Vicens não poupou elogios ao adversário: “Enfrentaremos o bicampeão, uma equipa com um estilo de jogo muito bem estabelecido. Rui Borges tem feito um trabalho notável, dando sequência ao excelente legado de Rúben Amorim e, simultaneamente, implementando a sua própria visão que conduziu à conquista do campeonato. O Sporting é um conjunto extremamente competitivo e desafiante. Estamos contentes com o que mostrámos na Escócia, onde competimos com grande espírito e trabalhámos arduamente contra um adversário de peso. Essa vitória deve ser um impulso de confiança para este próximo desafio, com a clara intenção de superar os diversos momentos do jogo através de trabalho, união, sacrifício e combatividade. É imperativo que avancemos em conjunto e exibamos a nossa melhor performance.”

Referindo-se à capacidade do SC Braga em jogos de maior envergadura, o técnico minhoto salientou: “Todos os jogos apresentam os seus desafios. Obviamente, temos plena consciência do calibre do nosso adversário de amanhã. Na Escócia, apresentámos uma boa versão do nosso futebol, que pretendemos tornar mais regular. A equipa deve manter um elevado nível de rendimento em todas as fases do jogo e ser capaz de competir. Antevemos momentos de dificuldade, mas a nossa união será crucial para mostrar a melhor face do Sp. Braga. Após a sessão de treino, avaliaremos a condição física para estarmos totalmente preparados para o nosso objetivo comum: sair de Alvalade com um bom resultado. Para tal, a contribuição de todos, tanto os que iniciam como os que entram durante a partida, será vital.”

Relativamente às alterações no onze inicial da última partida, Vicens esclareceu a sua abordagem: “Foi o nosso 15.º jogo oficial da temporada, um volume superior ao da maioria das equipas em Portugal. Embora isso seja benéfico para consolidar ideias, acarreta igualmente desgaste e níveis elevados de stress, afetando a energia dos jogadores. Uma das nossas prioridades é monitorizar a condição da equipa, pois para manter este nível de exigência competitiva, precisamos de jogadores que ofereçam o máximo em campo. Para alcançar os nossos objetivos esta temporada, todos terão um papel importante, e é verdade que todos têm tido oportunidades. É fundamental que todos partilhem o mesmo foco e direção.”

Acerca da mentalidade da equipa, o treinador reiterou: “Encaramos sempre os jogos com a mesma mentalidade. Após o confronto com o Feyenoord, a mensagem era clara sobre a atitude que a equipa deveria demonstrar. Cada adversário apresenta desafios distintos, e a nossa concentração está inteiramente no Sporting, em competir com a identidade que define a nossa equipa.”

Sobre a questão de se o último onze teria sido uma forma de castigo, Carlos Vicens foi taxativo: “Não houve castigo para ninguém. A seleção do onze é feita com base nos perfis de cada posição e nos jogadores que, na nossa perspetiva, podem dar o melhor contributo em campo, considerando a sua frescura e a nossa filosofia de jogo. A equipa não me tem dado sinais nos treinos que justifiquem o que aconteceu com o Nacional. Os jogadores demonstram sempre um bom trabalho e dedicação. Naquele jogo específico, algo falhou. Não acredito que a equipa tenha `duas caras`; os jogadores estão recetivos à mensagem e empenhados desde o primeiro momento. O nosso desafio reside em assegurar que a nossa apresentação em campo seja sempre consistente. Os jogadores nunca entram em campo sem o desejo de vencer. O jogo com o Nacional serviu de aprendizagem, e agora, em união, temos de estar cientes de que haverá momentos de aperto, mas devemos ter a capacidade de avançar e procurar a baliza adversária, e isso requer um esforço coletivo.”

Confrontado com a aparente discrepância de performance do SC Braga entre os jogos europeus e os da I Liga, Vicens afirmou: “Nos treinos, a equipa não me mostra essa dualidade. Não pretendo rotular a equipa como tendo `duas caras`. Com 15 jogos já disputados, o que observo diariamente é que os jogadores estão a interiorizar as minhas ideias, a trabalhar na mesma sintonia, há um processo de crescimento e de maior conhecimento. Neste percurso, o nosso objetivo é que a versão de jogo que tanto apreciamos se manifeste de forma cada vez mais regular. Não realizámos uma boa exibição contra o Nacional, assumimos essa falha e prosseguimos. Agora, queremos fazer um grande jogo e lutar pela vitória.”

Em relação ao calendário exigente, o treinador foi direto: “Esta é a realidade que temos, o calendário que nos é imposto. O jogo contra o Sporting é agora, e a nossa tarefa é prepará-lo da melhor forma possível.”

Sobre a questão do menor tempo de descanso face ao Sporting, Vicens recusou usar a situação como justificação: “Não procuro desculpas. Jogámos um dia mais tarde do que eles e, para além disso, tivemos um problema no aeroporto que nos fez chegar às 05h00 da madrugada, o que está longe do ideal. No entanto, não podemos usar isso como pretexto. Vamos avaliar a condição dos nossos atletas e amanhã selecionaremos os que estiverem mais aptos.”

Finalmente, sobre a reduzida margem de erro, Carlos Vicens concluiu: “Nós somos o SC Braga! Este é um processo contínuo, onde o foco principal é a melhoria diária com a ambição de vencer. Não devemos fixar-nos demasiado no que passou ou no que está para vir. O mais importante é concentrarmo-nos no presente, no trabalho do dia a dia, e darmos o nosso melhor para que possamos crescer todos juntos.”