Rui Costa e a Questão dos Rendimentos: “Não Tenho de Justificar o Que Quer Que Seja Aos Benfiquistas”

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Rui Costa em ação de campanha do Benfica
Rui Costa em ação de campanha. Créditos: Instagram @10ruicosta2025

O atual presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, reuniu-se esta terça-feira com a sua equipa de candidatura aos órgãos sociais para as eleições do clube, agendadas para o próximo dia 25 de outubro. Durante o encontro, Rui Costa manifestou-se confiante e com a consciência totalmente tranquila em relação ao seu mandato e ao próximo escrutínio.

O líder do clube da Luz também abordou a polémica em torno da divulgação dos rendimentos pessoais de João Noronha Lopes, um dos seus oponentes na corrida eleitoral.

Sobre o seu estado de espírito

“Ótimo, positivo, com a força e o espírito de sempre, com o benfiquismo inabalável. Tenho a motivação de quem sempre trabalhou para defender e representar este clube. Estou muito satisfeito, ainda mais quando vejo a equipa que conseguimos construir, o que me deixa orgulhoso. Acredito que formámos uma equipa com grande competência, benfiquismo e sentido de responsabilidade, por isso estou muito motivado e satisfeito.”

Mensagem aos indecisos

“Primeiro, todos me conhecem e sabem que não caí aqui de paraquedas, não sou um benfiquista de ocasião. Se forem coerentes, apesar de muito se falar, o Benfica avançou nestes quatro anos, não recuou, e não foram anos fáceis. Como tenho assumido, a forma e o período em que entrei no clube foram desafiadores. Restituímos a credibilidade que um clube da dimensão do Benfica deve ter. É verdade que vencemos menos do que desejaríamos, mas a minha convicção é que o clube está hoje muito mais preparado para vencer no futuro do que há quatro anos. Mesmo com as poucas vitórias, o trabalho e a reestruturação realizados ao longo das épocas demonstram isso. Não foram quatro anos fáceis, tivemos de recuperar muito, e neste momento o clube está muito melhor do que há quatro anos.”

Acerca de João Noronha Lopes

“Ele precisa de perceber o que está a dizer. Ao fim deste tempo, muito se ouve falar de Rui Costa, mas Rui Costa pouco fala dos outros. Quando o faço, é normalmente para responder a ataques. Não preciso de o dizer, todos sabem que as perguntas dirigidas a mim são muitas vezes alvo de críticas. Em vários programas de candidatos, o foco é `o Rui Costa isto e o Rui Costa aquilo`. Eu, por outro lado, falo de mim e do Benfica. Os benfiquistas não querem isto. Tenho afirmado repetidamente que gostaria que a campanha fosse diferente, que não se centrasse em questões individuais ou em possíveis declarações de Luís Filipe Vieira ou de Noronha. A minha postura será sempre distinta. Nem sequer me preocupa, pois tenho um lema: quem fala dos outros é porque não tem nada para falar de si. E eu tenho muito para falar de mim. São os outros que sentem necessidade de falar de mim, não o contrário. Sou candidato à presidência, mas continuo a ser presidente do Benfica. O que os benfiquistas querem é conhecer as propostas das várias listas para os próximos quatro anos, e não discussões sobre temas paralelos. Não me envolvo nem me envolverei em questões pessoais de terceiros.”

Sobre a apresentação de rendimentos

“Não sei qual é a necessidade de outro candidato em fazê-lo; eu não tenho de justificar o que quer que seja. Se, por alguma razão, ele está a fazê-lo, a pergunta deve ser dirigida a ele, não a mim. A minha campanha tem-se focado em falar do Benfica e da minha pessoa. Talvez outros sintam a necessidade de justificar o que consideram pertinente. Eu não tenho essa necessidade.”

Disponibilidade para apresentar os seus rendimentos

“Porque é que eu tenho de justificar a minha vida aos benfiquistas? Não tenho de justificar nada a ninguém nesse sentido, pois isso faz parte da minha vida privada. A transparência com as pessoas sempre existiu da minha parte, nunca deixei de a ter.”

Consciência tranquila no dia 25 de outubro

“Claro, completamente. Tenho como lema de vida que o Benfica não desiste, e eu não desisto do Benfica. Estou completamente em paz, sereno e com a consciência tranquila, porque sei o que tenho dado e o que tenho feito por este clube, e acredito que os benfiquistas também o sabem.”

Mais preparado do que há 4 anos?

“Inevitavelmente, quanto mais anos se acumula numa carreira, melhor e mais preparado se está. O meu sentido de responsabilidade para com este clube sempre foi enorme, em todas as áreas e funções que representei. Se não me sentisse capaz, no primeiro dia em que assumi a presidência do Benfica, e muito mais agora, para ser presidente de um clube desta dimensão, não seria por egoísmo que ocuparia o cargo. Portanto, se há quatro anos não tive receio de assumir essa responsabilidade e me senti preparado para guiar o Benfica naquele momento, hoje é ainda mais fácil para mim trabalhar pelo clube no futuro.”