
Enquanto o Paris Saint-Germain se preparava para defrontar o Inter Milão na final da Liga dos Campeões da UEFA, alguns adeptos do Marselha ganharam notoriedade por si próprios – ao correr para lojas de desporto locais para comprar camisolas do Inter, antecipando o que muitos veem como um confronto simbólico. Mas nem todos ficaram impressionados com esta atitude.
O antigo treinador do Marselha, Rolland Courbis, atualmente comentador na RMC Sport, não poupou críticas a esses adeptos durante uma participação na BFMTV. “Gastar dinheiro para comprar a camisola da equipa que vai jogar contra o PSG? Devem realmente ter muito dinheiro e pouco que fazer na vossa vida”, afirmou sem rodeios.
Segundo testemunhos de lojistas em Marselha, a afluência para comprar artigos do Inter tem sido invulgar. Um funcionário da Sport 2000 disse à BFMTV que “Durante todo o ano, ninguém procura camisolas do Inter Milão. Agora parece que, de repente, toda a gente se tornou adepto `Nerazzurri`. É uma verdadeira loucura.”
Pela sua parte, Courbis procurou pôr em perspetiva a rivalidade entre o OM e o PSG. “Quando eu treinava o Marselha, o PSG era um rival, não um inimigo. Isso não significa que de repente comece a ter um sotaque parisiense”, acrescentou, referindo-se ao recente aumento do sentimento tribal anti-PSG antes da final.
O debate sobre se os adeptos do Marselha deveriam apoiar o Inter – ou mesmo se deveriam sequer importar-se com o jogo – tem dominado os programas de futebol franceses esta semana. Alguns, como DJ Snake, expressaram compreensão pela postura anti-Paris. Outros, como Basile Boli, manifestaram controversamente apoio ao PSG, provocando a indignação de antigos jogadores do OM como Éric Di Meco. No entanto, Courbis mostrou-se mais distante da polémica.
“Honestamente, tenho coisas melhores para fazer do que stressar se o PSG vai vencer o Inter Milão”, disse. “Tinha duas avós italianas – isso não significa que apoie o Inter.”