Ratcliffe Confia em Amorim: Três Anos para Transformar o Manchester United

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Preview Ratcliffe Confia em Amorim: Três Anos para Transformar o Manchester United

O proprietário do Manchester United, Sir Jim Ratcliffe, concedeu ao treinador Ruben Amorim um prazo de três anos para reformar os “red devils”. Este voto de confiança surge apesar do técnico português, que chegou há um ano, não ter conseguido, até ao momento, gerar melhorias significativas na equipa. Pelo contrário, o clube terminou o último campeonato na 14.ª posição, falhando a qualificação para qualquer competição europeia, e sofreu a desilusão de perder a final da Liga Europa para o Tottenham, uma equipa que não conquistava um troféu desde 2007.

Numa entrevista ao podcast do Times, Ratcliffe sublinhou:

“Ele não teve a melhor das épocas. O Ruben precisa de provar que é um grande treinador no espaço de três anos.”

O líder do clube criticou igualmente a comunicação social, acusando-a de aumentar a pressão:

“Às vezes não compreendo a imprensa. Querem sucesso imediato. Pensam que é um interruptor. Sabem, ligam um interruptor e amanhã está tudo bem. Não se pode gerir um clube como o United com base nas reações impulsivas da imprensa, que se exalta todas as semanas.”

Ratcliffe abordou também os cortes de pessoal, com centenas de funcionários dispensados e outros que, apesar de manterem os seus postos, perderam os almoços gratuitos. Ele explicou:

“Os custos eram demasiado elevados.”

E acrescentou:

“No Manchester United há pessoas fantásticas, mas também havia um nível de mediocridade que se tinha inflacionado. Recebi muitas críticas pelos almoços grátis, mas ninguém me ofereceu um almoço grátis.”

Ratcliffe vislumbra um futuro promissor para o Manchester United, declarando:

“Na minha opinião, o Manchester United tornar-se-á o clube de futebol mais lucrativo do mundo e, a partir daí, espero, surgirá um futebol de alto nível, sustentável e duradouro.”

Para fundamentar a sua perspetiva, citou ainda Sir Alex Ferguson, que enfrentou dificuldades nos seus primeiros anos à frente da equipa:

“Lembro-me das queixas, dos pedidos de demissão nos primeiros dois anos.”

E deu o exemplo do Arsenal de Mikel Arteta:

“Vejam o Arteta, ele teve um período horrível nos primeiros dois anos.”

Tudo isto para realçar que, embora os resultados sejam importantes, a paciência e uma estratégia a longo prazo são cruciais:

“No final, somos motivados pelos resultados, mas temos de ser pacientes e concretos. Temos um plano a longo prazo.”