Quaresma fala sobre o futuro técnico dos Dragões

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Ricardo Quaresma criticou o formato atual do Mundial de Clubes, considerando que desrespeita os jogadores.

Quaresma define próximo técnico dos Dragões: Que seja alguém que perceba o clube que vem representar o que é o FC Porto
Ricardo Quaresma na inauguração de um campo de futebol em Chelas, feito com material reciclado de pacotes de batata frita.

O antigo futebolista internacional português Ricardo Quaresma comentou a crise de resultados que o FC Porto atravessa e as incertezas em torno da continuidade de Martín Anselmi no comando técnico dos `dragões`.

O extremo, que representou o clube `azul e branco` em duas ocasiões – a primeira entre 2004 e 2008 e a segunda de 2013 a 2015 –, admite não reconhecer a identidade do clube no momento atual, algo que o entristece enquanto assumido adepto portista.

“Fui ver o Palmeiras – FC Porto [0-0]. Este não é o FC Porto a que nos habituámos a ver jogar e ganhar. É normal que os adeptos não estejam contentes, porque o portista não está acostumado a ficar tanto tempo sem conquistar títulos”, analisou Quaresma, à margem da cerimónia de atribuição das bolsas com o seu nome, destinadas a jovens de Vila Nova de Gaia que conciliam sucesso escolar e mérito desportivo.

Quanto ao treinador do FC Porto para a próxima temporada, Quaresma, que assume que não será Anselmi, expressou o desejo de que o eventual sucessor do argentino conheça melhor a realidade do clube `azul e branco`, que ele considera estar “habituado” a conquistar títulos.

“Venha quem vier, que seja alguém que ajude o meu clube a regressar aos títulos. É isso que eu e todos os portistas desejamos – alguém que compreenda o clube que vai representar, o que é o FC Porto”, reiterou.

Quaresma também deixou críticas ao formato atual do Mundial de Clubes, acreditando que desrespeita os jogadores, que chegam ao final da temporada já com “muitos jogos nas pernas”.

“Não vou entrar nessas polémicas, até porque já não jogo, mas penso que deviam começar a respeitar mais os jogadores, apesar de saber que há outros interesses. Depois, é normal que as chamadas estrelas cheguem às grandes competições e não demonstrem o rendimento que todos nós, adeptos e amantes do futebol, esperamos”, constatou.

Por esse motivo, apela a que os dirigentes dos clubes “se sentem à mesa” e questionem a inclusão desta competição no calendário futebolístico, colocando de lado interesses económicos em nome do bem-estar dos protagonistas do jogo – os jogadores.

A bolsa Ricardo Quaresma foi criada em 2017 pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, com o apoio do ex-jogador, e tem como objetivo premiar jovens residentes no concelho, entre os 12 e os 14 anos, que tenham demonstrado “aproveitamento escolar e desportivo de excelência”.

“É uma enorme honra estar neste evento todos os anos, pela confiança que a Câmara Municipal de Gaia deposita em mim. Faço parte deste projeto há já alguns anos porque esta geração precisa de motivação e suporte. Todos nós já passámos por esta idade e gostaríamos de ter sido ajudados. O meu papel e dever é esse – ajudar quem mais necessita”, salientou Quaresma, durante a cerimónia que decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho.