Os quinze clubes de futebol mais abastados a nível global têm um impacto ambiental considerável, devido às suas extensas viagens durante a pré-época. Estima-se que estes gigantes do desporto percorram uma distância combinada de aproximadamente 183.000 quilómetros, o que equivale a mais de quatro voltas ao redor do planeta. Esta intensa movimentação transcontinental, motivada por estratégias de marketing e preparação desportiva, levanta sérias preocupações sobre a pegada de carbono gerada.
Cada voo, especialmente em aeronaves de grande porte e em rotas de longo curso, emite toneladas de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa para a atmosfera. A busca por novos mercados, a realização de jogos amigáveis em diferentes continentes e a exposição global das marcas dos clubes contribuem para um ciclo de viagens que, embora lucrativo, tem um custo ecológico significativo.
A crescente consciência ambiental tem levado a apelos para que estas instituições desportivas adotem práticas mais sustentáveis. Alternativas incluem a organização de digressões mais curtas e regionais, a utilização de meios de transporte menos poluentes sempre que possível, e o investimento em programas de compensação de carbono. O desafio reside em equilibrar os imperativos financeiros e desportivos com a responsabilidade ambiental, numa era em que as alterações climáticas são uma preocupação global premente.
É fundamental que o mundo do futebol, com a sua vasta influência e recursos, assuma um papel de liderança na promoção da sustentabilidade. Ao repensar as suas estratégias de pré-época, os clubes mais ricos podem não só reduzir o seu próprio impacto, mas também inspirar fãs e outras organizações a adotarem comportamentos mais amigos do ambiente, transformando a paixão pelo desporto numa força para a mudança positiva.
