Napoli: Conte aborda “época complexa” e elogia “grande espírito” da equipa

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Antonio Conte, treinador do Napoli, analisou a vitória por 2-1 frente ao Genoa, destacando as dificuldades iniciais, as lesões de Politano e Lobotka, e sublinhando que esta temporada marca um novo e complexo percurso para a equipa. Para Conte, o objetivo é construir as bases para o futuro, conciliando os desafios da Liga dos Campeões e do campeonato com um plantel ainda em fase de estruturação.

Afastando a ideia de que o cansaço da Liga dos Campeões tenha condicionado o desempenho, Conte explicou que o Napoli está a trilhar um caminho “totalmente desconhecido” e que esta será a época mais complexa. Argumentou que, ao contrário de equipas mais rodadas e estruturadas, o plantel do Napoli não foi construído para lidar com a exigência de múltiplas competições, como a Liga dos Campeões, após uma época anterior sem compromissos europeus. Com a chegada de nove novos jogadores, o treinador enfatizou a necessidade de tempo e paciência para que se adaptem e integrem as dinâmicas da equipa.

Sobre o tridente ofensivo inicial, Conte admitiu dificuldades, salientando que era a primeira vez que jogavam juntos como titulares. Mencionou especificamente Politano, indicando que, apesar do seu empenho e da sua habitual qualidade, parecia “com o motor um pouco engripado” e cansado, devido a um exigente “tour de force” de jogos.

Relativamente à condição de Politano, Conte confirmou que o jogador sofreu uma fadiga muscular, mas preferiu não se alongar sobre o assunto, respeitando as decisões da seleção nacional, dada a sua experiência anterior como selecionador. A avaliação médica ficaria a cargo das respetivas equipas.

Quanto a Lobotka, o treinador informou que o jogador escorregou em campo, sentindo dores na zona da virilha e adutor, necessitando também de avaliação médica.

Conte salientou que as “grandes equipas” se destacam nas dificuldades, e o Napoli demonstrou isso com uma excelente segunda parte, impulsionada pelas substituições. Sublinhou que é natural que os adversários joguem com máxima energia contra o campeão italiano. Embora o Genoa tenha marcado no primeiro tempo na sua única oportunidade, a abordagem ofensiva do Napoli na segunda parte mudou o rumo do jogo. Conte elogiou o “espírito, a vontade de não desistir e a determinação de lutar até ao fim” da sua equipa, elementos que considera terem sido cruciais para a reviravolta no resultado.

Conte destacou a importância de jogadores como Anguissa, Scott e Lobotka, que, com o seu ritmo, intensidade e força, impulsionam a equipa. Embora Scott ainda esteja a encontrar a sua melhor forma em comparação com a época passada, o treinador elogiou a sua boa prestação. O técnico admitiu que a equipa ficou um pouco “aturdida” por estar em desvantagem no primeiro tempo, apesar de ter alertado para a necessidade de manter o foco após a excelente exibição na Liga dos Campeões. Elogiou o empenho dos jogadores neste último jogo antes da pausa, reiterando que há “muito trabalho pela frente” e que será uma “época complexa”. No entanto, Conte está convicto de que esta temporada servirá de “base para o futuro”, construindo alicerces que antes não existiam, um processo que se desenvolve “enquanto se joga”.