
Durante o desfile do troféu da Liga Europa do Tottenham Hotspur, Ange Postecoglou fez mais uma declaração desafiadora.
No início da época, havia a sugestão de que ele sempre ganhava algo na sua segunda temporada. Bem, essa `caixa` foi claramente marcada.
Agora, ele insinuou que a segunda época é sempre melhor que a terceira. Calma, Ange, o teu lugar nem sequer está seguro, amigo.
Apesar de conquistar o primeiro grande troféu em 17 anos (referência à Liga Europa mencionada anteriormente), o australiano de rosto carrancudo ainda pode ser despedido por Daniel Levy e companhia.
Considerando que terminaram em 17º lugar com 38 pontos, isso dificilmente é uma surpresa.
O futuro de Ange Postecoglou no Spurs
Que época estranha foi essa. Postecoglou referiu, na sua última conferência de imprensa pós-jogo há uma semana, que tinha sido uma “época excecional”.
Excecionalmente bizarra, certamente. A coroa da Liga Europa está lá, mas a forma da equipa na liga foi um desastre e o treinador do Spurs pode pagar o preço.
Nos últimos dias, Levy não esteve no Reino Unido, enquanto Postecoglou também está de férias. Como resultado, a decisão sobre o futuro do australiano ainda está por ser tomada.
Se decidirem despedi-lo, o Spurs aparentemente tem uma lista de quatro candidatos que inclui Andoni Iraola, Marco Silva, Thomas Frank e Oliver Glasner.
Iraola deverá permanecer no Bournemouth, enquanto que, após o seu sucesso na Taça de Inglaterra, será difícil tirar Glasner do Crystal Palace.
Assim, os dois principais candidatos ao cargo são Silva e Frank, sendo o treinador do Brentford especificamente referido como estando `na mira`.
Como Frank pode replicar Pochettino no Spurs
Embora Ange possa ter sido quem pôs fim ao jejum de troféus do Spurs, Mauricio Pochettino é a figura mais lendária nestas partes do norte de Londres.
Afinal, foi Pochettino quem arquitetou aquela notável caminhada até à final da Liga dos Campeões, sendo apenas derrotado pelo Liverpool em Madrid.
Como é que isso aconteceu? Bem, no que diz respeito ao futebol inglês, para o argentino começou no Southampton e correu de forma bastante semelhante à experiência de Frank no futebol de primeira divisão.
De facto, o dinamarquês tornou-se uma lenda no Brentford, terminando em 13º na sua primeira época na Premier League, antes de os guiar para um nono lugar na metade superior da tabela, uma campanha sem paralelo para os Bees.
Ele conseguiu-o jogando um futebol de contra-ataque divertido, ao mesmo tempo que desenvolvia jogadores para se tornarem alguns dos melhores da Premier League. Basta olhar para a dupla Bryan Mbeumo (20 golos) e Yoanne Wissa (19 golos) como exemplos.
Isto certamente ecoa Pochettino, que, depois de terminar em 14º ao assumir a meio da época em 2012/13, depois guiou os Saints para o seu melhor resultado de sempre na Premier League, um oitavo lugar em 2013/14. Tal como Frank, ele transformou a sua equipa de candidata à despromoção para um clube da metade superior da tabela.
Também como Frank, ele desenvolveu brilhantemente jovens jogadores como Luke Shaw e Adam Lallana, que se tornaram nomes conhecidos em St Mary`s. Foi então sob o comando de Poch que Dele Alli desfrutou dos melhores anos da sua carreira.