O empresário Massimo Ferrero abordou recentemente o seu novo papel no Ternana, descrevendo-se de forma bem-humorada como um “jogador de futebol” da equipa. Numa entrevista à Gazzetta dello Sport, Ferrero destacou a sua abordagem prática, qualificando-se como um “operário do futebol” totalmente dedicado ao clube da Úmbria após a sua aquisição pela família Rizzo.
Recordando o seu passado à frente da Sampdoria, Ferrero expressou o seu lamento pela venda, afirmando ter avisado os adeptos que iriam sentir a sua falta. Em seguida, dirigiu duras críticas ao atual presidente Matteo Manfredi, alegando ter-lhe deixado “um clube maravilhoso”. Ferrero enfatizou que Manfredi beneficiou de um investimento de 100 milhões de euros – um montante com o qual ele próprio poderia ter “ganho a Liga dos Campeões” – para além de uma equipa Primavera de elite, a equipa feminina e infraestruturas desportivas renovadas. Apesar disso, o clube acabou por descer à Serie C, um resultado que Ferrero atribui à atual gestão.
Quanto à não venda ao consórcio liderado por Gianluca Vialli, Ferrero esclareceu que teria cedido a Sampdoria se tivesse recebido uma oferta concreta. Acrescentou que chegou a propor a Vialli, tragicamente falecido, a presidência do clube, mas o antigo avançado já havia aceite um cargo na Seleção Nacional.
Por fim, Ferrero abordou as intimidações que sofreu durante a sua passagem pelos blucerchiati, mencionando balas e uma cabeça de porco que lhe foram enviadas. Afirmou que só teme o amor, e não o ódio, que considera um sentimento próprio dos inseguros. Com um tom provocador, brincou com os seus antigos perseguidores, perguntando ironicamente por que não lhe teriam enviado bifes, já que são “tão bons“.
