Jean-Louis Leca, o diretor desportivo do RC Lens, criticou publicamente o AJ Auxerre por ter voltado atrás num acordo para vender Lassine Sinayoko (25) ao clube do norte de França este verão.
Sinayoko parecia destinado ao Lens, com relatos a indicar que um acordo de 8 milhões de euros tinha sido alcançado entre todas as partes. Após o que se esperava ser o seu último jogo pelo Auxerre, a 23 de agosto, contra o OGC Nice, Sinayoko tinha viagem marcada para o Lens para realizar exames médicos.
Contudo, o internacional maliano nunca chegou para os exames médicos. O jornal L`Équipe noticiou que o Auxerre lhe negou permissão para viajar, levando ao colapso da transferência. Aparentemente, Les Diplomates tiveram receios em perder um jogador chave, apesar de ter menos de um ano de contrato. O Lens, por sua vez, virou-se para o Crystal Palace, assegurando a contratação de Odsonne Édouard (27).
Numa intervenção no programa de rádio Rothen s`enflamme, da RMC Sport, Leca expressou veementemente a sua frustração, declarando: “Fizemos as coisas como devia ser. Viajamos até lá; não fizemos isto por telefone. Almocei com o diretor desportivo e o presidente em Auxerre. Tivemos uma negociação de três horas à mesa.”
Ele acrescentou: “Ameaçaram o jogador, disseram-lhe que se viajasse, haveria ações legais contra ele. O miúdo queria vir, mas ficou num impasse. Foi efetivamente tomado como refém. Quando vimos isto, disse: `Parem!`”
Leca continuou a criticar os seus homólogos: “Apertamos as mãos. Disse-lhes: `Somos homens e espero que continuemos a ser homens.` Apertei as mãos de pessoas que me olharam nos olhos e disseram: `Aqui no Auxerre somos homens.` Aparentemente, não eram homens.” Os dois clubes estão agendados para se encontrarem dentro de um mês, num confronto que promete ser bastante acalorado.
