
Na véspera da segunda jornada da UEFA Europa League 2025-2026, onde o Bologna defrontará o Friburgo na quinta-feira, 2 de outubro, no estádio Renato Dall`Ara, o técnico Vincenzo Italiano esteve presente na conferência de imprensa. O treinador partilhou as suas reflexões sobre o próximo jogo e o estado atual da equipa.
Friburgo, um adversário temível
Italiano sublinhou a importância do jogo contra o Friburgo, descrevendo-o como um adversário formidável, especialmente em casa. Destacou a qualidade técnica e a organização dos seus jogadores, salientando que o grupo da Europa League é desafiante e exige que o Bologna eleve o seu nível para competir. A análise do jogo anterior contra o Basileia forneceu indicações úteis para a preparação deste confronto.
O estado atual do Bologna e as expectativas
O técnico admitiu a necessidade de crescimento e melhoria em todos os aspetos. Embora reconheça as elevadas expectativas depositadas na equipa, Italiano insistiu na necessidade de maior qualidade, especialmente na posse de bola e nas finalizações. No entanto, destacou que a equipa ainda concede demasiado na fase defensiva. Expressou confiança de que, com o tempo, a sintonia e a condição física melhorarão, levando a performances mais sólidas.
O impacto das saídas e a integração dos novos jogadores
Italiano abordou a questão das saídas de jogadores-chave como Ndoye e Beukema, reconhecendo que a perda de dois elementos importantes de um esquema já consolidado não é insignificante. Recordou que, tal como na época anterior, os novos reforços levaram tempo a integrar-se, e que a equipa “desabrochou” posteriormente. Disse estar convencido de que a base atual é sólida e que, com paciência, confiança e entusiasmo, os novos jogadores também se afirmarão. Sublinhou ainda a responsabilidade coletiva de todos os jogadores em dar mais, vendo muitas analogias com a temporada passada.
O potencial de Rowe
A falar de Rowe, Italiano expressou satisfação pela sua estreia, ainda que num jogo fora difícil. Pediu paciência, explicando que a adaptação leva tempo e que não se podem esperar resultados imediatos. Disse estar confiante de que Rowe, dentro de algumas semanas, começará a marcar golos, a reduzir erros e a aumentar a qualidade do seu jogo.
Prioridades táticas para pontos europeus
Quanto aos ajustes táticos necessários para conquistar pontos na Europa, o mister destacou a escassez de sessões de treino aprofundadas, que limitam o trabalho nos detalhes. Mencionou a necessidade de se concentrar nas bolas paradas e na fase defensiva nos últimos vinte metros, além dos desarmes preventivos e duelos individuais. Reconheceu progressos na posse de bola e no número de finalizações, mas reiterou a urgência de corrigir as lacunas defensivas.
Falta de “pernas” ou “cabeça”? Uma análise profunda
Italiano comparou a situação atual à da época passada, quando a saída de cinco titulares tinha criado dificuldades. Explicou que a equipa cresceu através dos erros e da perseverança. Analogamente, as saídas de dois jogadores importantes este ano criaram uma situação semelhante. Expressou confiança no crescimento dos novos reforços como Heggem e Vitik, no contributo de Bernardeschi com o seu pé esquerdo, na habilidade de Rowe no um-contra-um, e na recuperação de Ciro que trará golos à equipa.
A importância da “fome” e dos extremos ofensivos
Italiano concluiu sublinhando a importância da dedicação extra por parte dos jogadores, citando o exemplo de Dan Ndoye que ficava a aperfeiçoar o remate após cada treino, uma “fome” semelhante à de Vlahovic. Reiterou que os extremos do Bologna devem ir além da sua tarefa normal, atuando como “avançados adicionais” para maximizar o seu impacto.