A Assembleia Geral do Benfica foi retomada e, para além da análise às contas, foi também determinada a data de uma eventual segunda volta nas eleições de 25 de outubro.
A Assembleia Geral (AG) do Benfica, após ser retomada, culminou com a rejeição do relatório e contas do clube referentes à época 2024/25 pelos sócios. Do total de 1.188 votantes, 63,49% manifestaram-se contra e 36,51% a favor desta proposta da direção.
Os trabalhos da AG foram reiniciados depois de incidentes registados na sessão matinal, permitindo a intervenção de diversos oradores, incluindo Luís Filipe Vieira, que não tinha conseguido falar na primeira fase da reunião.
Luís Filipe Vieira lamentou os acontecimentos, afirmando: “O que se passou não retrata o Benfica. O clube atravessa um momento delicado com a proximidade das eleições. Os sócios devem compreender que o Benfica não pode sair daqui dividido, pois a divisão não levará a parte alguma e apenas prejudicará o clube. O meu apelo é para que nas próximas eleições o futuro do Benfica seja definido de forma clara, e quem for eleito será o presidente por quatro anos. Que as divergências profundas terminem de uma vez por todas. Que o resto do dia tenha uma participação digna do Benfica, e o que pretendia dizer já não posso.”
Martim Mayer, outro candidato às eleições, também interveio, repudiando os incidentes ocorridos durante a primeira parte da reunião. “O que aconteceu hoje é um mau exemplo, não representa o Benfica. Queremos o debate, não o combate. O voto deve ser universal. As listas devem procurar o consenso e fazer um grande esforço para aprovar o regulamento eleitoral. Todas as intrigas e rumores lançados por alguns candidatos beneficiam os rivais e prejudicam o Benfica”, declarou Mayer.
O presidente Rui Costa também se pronunciou, abordando temas como a valorização da formação, o projeto “Benfica District” e a centralização dos direitos televisivos.
Costa destacou: “Neste mandato, 31 jogadores formados no clube já atuaram pela equipa principal. Nos últimos quatro anos, o futebol de formação alcançou feitos inéditos, como a conquista da Youth League e de um título Intercontinental”, sublinhando ainda que o “Benfica District é um projeto intrínseco ao Benfica”. Quanto à centralização dos direitos, assegurou: “não vamos abdicar de nada.”
