Em entrevista concedida à edição de hoje da Gazzetta dello Sport, o antigo futebolista Massimo Ambrosini abordou a situação de Rafael Leão no AC Milan, partilhando as suas perspetivas sobre o potencial e os desafios do internacional português.
Ele tem uma grande oportunidade pela frente: o Milan, nesta temporada, definiu uma linha a seguir no que diz respeito ao espírito e à atitude em campo, e ele precisa adaptar-se. Tecnicamente, não há discussão, mas taticamente ele precisa trabalhar e adaptar-se. E depois, precisa mostrar predisposição para o sacrifício, garra competitiva e alguma `maldade`.
Questionado sobre se o treinador Allegri conseguiria transformar Leão no jogador desejado, Ambrosini fez questão de sublinhar as qualidades inegáveis do avançado, ao mesmo tempo que apontava para a necessidade de evolução tática e comportamental.
Faço questão de sublinhar que Leão possui qualidades extraordinárias e que um jogador, especialmente do seu nível, deve ter a liberdade de manter a sua essência e as suas características básicas. Dito isto, ele tem o dever de se esforçar para ajudar a equipa. Dar um veredito final e afirmar que ele não pode ser ponta de lança seria um erro, pois ele jogou apenas duas partes de jogo com uma condição física que não era a ideal. Claro que uma dúvida sobre a sua adaptabilidade ao novo papel também me permanece. Veremos em breve.
O antigo médio italiano também estabeleceu uma curiosa comparação entre Luka Modric, o craque croata, e outros grandes nomes do futebol mundial, destacando o impacto do jogador do Real Madrid em campo.
Modric faz lembrar Pirlo? Pelo carisma e pelas vibrações que transmite quando está em campo, diria que o croata é mais parecido com Paolo Maldini. Andrea [Pirlo] foi único no panorama mundial pela forma como interpretou tecnicamente o papel, mas pelas sensações que Modric transmite em campo, pela forma como ele inspira e arrasta os companheiros com a sua presença, eu comparo-o a Paolo, o meu grande capitão.
