A Lesão de Valeri Trava o Parma: Pobreza Ofensiva Após a Saída do Número 14

Notícias desportivas » A Lesão de Valeri Trava o Parma: Pobreza Ofensiva Após a Saída do Número 14
Preview A Lesão de Valeri Trava o Parma: Pobreza Ofensiva Após a Saída do Número 14

A lesão sofrida por Emanuele Valeri, que o obrigou a abandonar o campo aos 26 minutos, foi, sem dúvida, o ponto de viragem na partida de ontem entre Parma e Lecce. Até àquele momento, o Parma dominara o jogo, exibindo a sua melhor versão da temporada. Os “crociati” abordaram a partida com grande intensidade, tomando posse do campo e controlando o ritmo de jogo. As intenções da equipa de Carlos Cuesta eram claras desde o início: aproveitar o embalo da vitória contra o Torino e continuar nesse caminho, pressionando o Lecce no seu próprio meio-campo. E assim o Parma fez, com um plano tático propositivo e claramente ofensivo.

No entanto, a lesão de Valeri mudou tudo. O número 14 foi forçado a sair após um lance, e a partir desse momento, a partida transformou-se. Poucos minutos depois, o Lecce encontrou o golo da vantagem: Sottil, após receber a bola pela esquerda, avançou para o centro e cruzou com uma trajetória a entrar que surpreendeu tanto Circati como, sobretudo, Suzuki, que não conseguiu intervir a tempo. Nos minutos finais da primeira parte, o Parma sentiu o golpe, não conseguindo reagir e, pelo contrário, correndo o risco de sofrer o segundo golo, especialmente numa incursão de Pierotti, rápido a penetrar na área, mas impreciso na finalização, permitindo a Suzuki manter os “crociati” na luta.

Na segunda parte, Carlos Cuesta colocou Almqvist em campo, no lugar de Britschgi, pela direita, para explorar a velocidade do sueco e a sua habilidade no drible. Contudo, estas características não se manifestaram, bem contidas pela defesa do Lecce, que constantemente duplicou a marcação nas alas. O Parma recorreu então aos habituais lançamentos longos em busca dos avançados, especialmente após a entrada de Milan Djuric no final. No entanto, o plano dos “crociati” não surtiu qualquer efeito, com os “salentini” a conseguirem sempre conter bem os ataques “gialloblu”. Foi notável, por exemplo, a recuperação em extremis de Gabriel, providencial ao cortar a jogada de Pellegrino, que estava prestes a finalizar com perigo após uma esplêndida combinação com Delprato.

Em todo o caso, na segunda parte, o Parma não conseguiu ser realmente incisivo e nunca ameaçou seriamente a baliza defendida por Falcone. Um claro passo atrás em relação ao jogo contra o Torino e, sobretudo, em comparação com o que foi visto nos minutos iniciais da própria partida, onde os “crociati” tinham sido dominantes. Contudo, a ausência de Valeri, que como referimos foi forçado a sair aos 26 minutos, fez a diferença. A dificuldade do Parma em construir ações ofensivas sem o número 14, é um claro sinal de alarme sobre as lacunas a nível ofensivo. Os “crociati” parecem cada vez mais dependentes dos cruzamentos de Valeri para criar perigo aos adversários: isto foi fundamental no jogo contra o Torino, mas noutras partidas (como a de hoje), a ausência de Valeri foi determinante de forma negativa. Agora, com a pausa, espera-se que Cuesta trabalhe também neste aspeto, para garantir ao Parma uma nova identidade ofensiva.