A Contagem Regressiva: 5 Estratégias para Ruben Amorim Salvar o Seu Cargo no Man Utd

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O Manchester United encontra-se num dilema familiar, preso num ciclo que se assemelha ao “Dia da Marmota” há mais de uma década. Ruben Amorim é o mais recente treinador a enfrentar este desafio. Desde José Mourinho a Ole Gunnar Solskjær, Erik ten Hag e agora Amorim, nenhum conseguiu decifrar a fórmula de sucesso que Sir Alex Ferguson dominou outrora.

A gestão de Amorim pode ser considerada a mais dececionante. Embora um início difícil pudesse ser desculpado dada a desorganização deixada por Ten Hag, ele recebeu desde então um apoio substancial. No entanto, as desculpas estão a esgotar-se, tal como a paciência de Sir Jim Ratcliffe.

Após uma pesada derrota por 3-0 contra o Manchester City no último fim de semana, surgiram notícias de que Amorim tem apenas três jogos para salvar o seu posto em Old Trafford, menos de um ano após a sua chegada. Esta não é uma decisão que a INEOS tomará de ânimo leve, e o treinador ainda tem uma oportunidade para reverter a situação se implementar estas cinco mudanças cruciais para manter o seu emprego.

5. Amorim Tem de Lançar Kobbie Mainoo

Sob o comando de Erik ten Hag, Kobbie Mainoo foi o jogador de destaque do Manchester United numa final da FA Cup contra o Manchester City. Sob Amorim, ele mal consegue um lugar no onze inicial. Logicamente, poder-se-ia inferir que Amorim operou uma transformação tão excecional que um jogador do calibre de Mainoo já não é necessário. Contudo, a realidade é precisamente o oposto.

Kobbie Mainoo no Manchester United

Esta é uma equipa do Manchester United que terminou na 15.ª posição na época passada, o seu pior registo na Premier League na história do clube. Apesar disso, um jogador que, há não muito tempo, parecia destinado a ser a maior promessa de Old Trafford para os próximos anos, ainda não consegue um lugar regular. Esta situação exige uma mudança imediata.

Estatísticas PL 24/25 Mainoo Ugarte
Titularidades 19 22
Passes Progressivos 65 61
Conduções Progressivas 22 16
Passes Chave 14 10

O forte início de Manuel Ugarte na campanha atual, e a forma consistente que tem demonstrado desde que chegou no verão passado, devem abrir a porta para o jovem internacional inglês se afirmar e trazer a tão necessária estabilidade ao meio-campo de Amorim. Esta deve ser a prioridade imediata do treinador.

4. Utilizar a Liderança de Harry Maguire

Pode parecer absurdo, mas Harry Maguire ainda tem um papel crucial a desempenhar nesta equipa. Embora Leny Yoro possua um potencial considerável, parte do qual já demonstrou, ele só participou numa vitória na Premier League contra um adversário atual durante os seus primeiros 13 meses no clube. Uma mudança, seja com o jovem ou com outro jogador, é necessária na defesa do United.

Harry Maguire no Man Utd

É precisamente neste momento que Maguire deve ser reintegrado. Se há alguém no atual plantel que sabe como dar a volta por cima após a adversidade, é o experiente defesa internacional inglês. Amorim deve permitir que o seu defesa central veterano lidere pelo exemplo numa equipa que carece desesperadamente de liderança em todas as frentes. Além disso, é importante notar que a exclusão de Maguire não se deveu a desempenhos defensivos superiores de outros.

O imponente defesa também representa uma ameaça significativa nos lances de bola parada, oferecendo mais uma via para gerar golos cruciais para a equipa de Amorim.

3. Avançar o Papel de Fernandes

Um dos maiores problemas do United contra o Manchester City foi evidente para todos. Jogadores como Bryan Mbeumo muitas vezes criaram oportunidades que precediam as chances de golo, mas, ao contrário de configurações anteriores, o sistema de Amorim encarregou Patrick Dorgu de ser o principal criador, e não Bruno Fernandes. Consequentemente, o médio português foi novamente marginalizado da ação ofensiva, ocupando um papel mais recuado e menos influente.

Bruno Fernandes no Man Utd

Equipas como o Liverpool prosperaram no passado ao confiar as funções criativas aos seus laterais. No entanto, o sistema de Amorim não é a tática vencedora de títulos de Jurgen Klopp, e Dorgu certamente não é Trent Alexander-Arnold. O ex-defesa do Lecce registou apenas duas assistências na época passada e, apesar de ter encontrado espaço contra o City, conseguiu apenas um drible bem-sucedido e quatro cruzamentos precisos.

A ideia de que o Manchester United beneficia com Fernandes num papel mais recuado é bizarra. Amorim tem à sua disposição um dos melhores criadores da Premier League e deve recolocá-lo na posição de número 10 ao lado de Mbeumo. Esta parceria, por si só, proporcionaria uma centelha ofensiva significativamente maior para toda a equipa.

2. Abandonar o Sistema Atual

Amorim tem insistido teimosamente que o sistema não é o problema. Talvez isso tenha sido verdade nos seus primeiros seis meses, quando era compreensível que lhe faltassem os jogadores certos e os existentes precisassem de tempo para se adaptar. No entanto, esse período de adaptação já terminou há muito tempo. O ex-treinador do Sporting Club deve agora enfrentar a dura verdade: o seu sistema 3-4-2-1 será o fim da sua carreira no Manchester United.

Ruben Amorim, treinador do Manchester United

Com uma taxa de vitórias de apenas 36,17% — a pior para um treinador do Manchester United desde a Segunda Guerra Mundial — tem de haver, no mínimo, uma tentativa de mudança. Ange Postecoglou manteve o seu sistema na época passada para sua própria desvantagem, e Amorim enfrenta o mesmo destino se continuar a acreditar que os problemas residem noutro lugar. A questão crucial que ele deve abordar é: o que vem a seguir?

A solução não precisa de ser uma remodelação completa. Amorim poderia até manter a sua defesa a três, implementando um 3-5-2. Isso não só adicionaria números cruciais a um meio-campo que parecia cansado esta época, mas também proporcionaria a Benjamin Sesko um parceiro de ataque muito necessário.

1. Juntar Sesko e Mbeumo

Sesko ainda está a adaptar-se à vida na Premier League e seria injusto julgar o jogador de 22 anos no seu ambiente atual e isolado. Com Fernandes a jogar recuado e dúvidas ainda a pairar sobre a capacidade de Amad na posição de número 10, Mbeumo foi muitas vezes a única fonte de serviço de qualidade para o avançado contra o Manchester City. Isso ficou evidente no desempenho de Sesko: ele não registou um único toque dentro da área e foi substituído após apenas 19 toques no total aos 80 minutos.

Parceria Sesko e Mbeumo