A Centralização dos Direitos Televisivos e o Papel das Sociedades Desportivas na Liga Portugal

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André Mosqueira do Amaral, CEO da Liga Portugal, no Portugal Football Summit.

No âmbito do Portugal Football Summit, o tema “Direitos Televisivos: A Centralização como Chave para Crescimento Sustentável” foi objeto de profunda discussão. Este painel contou com a presença de André Mosqueira do Amaral, CEO da Liga Portugal, juntamente com Sandra Parente, Diretora da Federação Portuguesa de Futebol, e Miguel Farinha, Country Managing Partner da EY.

André Mosqueira do Amaral sublinhou que o ano de 2026 marcará o culminar de um esforço conjunto e concertado. O CEO da Liga Portugal destacou a relação profícua e construtiva entre a Liga e a Autoridade da Concorrência, realçando o papel crucial das Sociedades Desportivas. Estas, independentemente de integrarem ou não a empresa Liga Centralização, têm contribuído significativamente para o progresso do processo.

“Mantemos um diálogo focado na busca de consensos, e a realidade mostra que partilhamos muito mais pontos em comum do que divergências.”

Mosqueira do Amaral lembrou ainda que o Modelo de Comercialização foi entregue à Autoridade da Concorrência onze meses antes do prazo legal. Enfatizou que “o documento submetido está em fase de análise, sendo alvo de um diálogo construtivo com a Autoridade da Concorrência. A antecipação na entrega da proposta, 11 meses antes do limite legal, revelou-se de suma importância, sublinhando a relevância do fator tempo neste processo”.

Ao detalhar as iniciativas desenvolvidas pela Liga Portugal nos últimos meses para a valorização do produto – que abrangem a qualidade do espetáculo, das infraestruturas e dos conteúdos, com uma visão orientada para a internacionalização –, André Mosqueira do Amaral salientou igualmente o “consenso generalizado das Sociedades Desportivas para prosseguir com este avanço”.

Existe uma clara perceção de que a centralização potencia a capacidade competitiva da Liga no panorama europeu, beneficiando o conjunto. “É crucial compreender que o valor da chave de distribuição não espelha o valor intrínseco de uma Sociedade Desportiva. Todas as entidades partilham esta visão: a melhoria do ecossistema reverte em benefício de todos”, concluiu o CEO, antes de adiantar:

“As ligas que adotam modelos centralizados tendem a assistir a uma valorização dos seus direitos, embora sujeitas às dinâmicas do mercado. A Liga Portugal está a implementar diversas estratégias para valorizar o seu produto, abordando uma vasta gama de temas sobre os quais, em colaboração com as Sociedades Desportivas, detemos capacidade de ação e influência.”